Qualidade de vida do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde em tempos de pandemia

Autores

  • Ana Maria Silveira dos Santos Galarça Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6726-8189
  • Adrize Rutz Porto Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5616-1626
  • Diana Cecagno Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4208-3006
  • Luciane Prado Kantorski Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9726-3162
  • Larissa Bierhals Universidade Federal de Pelota – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN. Pelotas, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1180-6144

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.2025-v17.1390

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Enfermeiros, Enfermagem, Autonomia Pessoal, Atenção Primária à Saúde

Resumo

A experiência individual de cada enfermeiro que atua na Atenção Primária a Saúde durante essa pandemia é exclusiva, subjetiva e multifatorial. E a qualidade de vida pode ser não priorizada diante de outras necessidades. O estudo tem como objetivo investigar relatos de enfermeiros da Atenção Primária à Saúde sobre sua qualidade de vida em tempos de pandemia. Pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada com 20 enfermeiros que atuam nas unidades básicas de saúde de um município da região sul do Brasil. A coleta dos dados foi em novembro de 2021, com entrevista semiestruturada online, a fim de preservar a regra do distanciamento social. Os dados foram tratados pela Análise de Conteúdo. Os entrevistados relataram que a pandemia agravou as condições laborais do enfermeiro, com aumento de jornada e carga de trabalho, somada a pouca valorização da profissão, constituem-se desafios diários que interferem na qualidade de vida, além do impacto da inter-relação da vida pessoal e profissional. Dispensar tempo para o autocuidado, ter lazer, ficar com a família e amigos, além de realizar atividade física foram aspectos motivadores para se alcançar qualidade de vida.   Conclui-se, a promoção da qualidade de vida, para os participantes deste estudo, está pautada na manutenção/equilíbrio da saúde física e mental, no autocuidado e na valorização profissional.

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Biografia do Autor

Ana Maria Silveira dos Santos Galarça, Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil.

Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), possui Mestrado em Ciências pela UFPel, graduação em Enfermagem pela Faculdade Anhanguera De Pelotas (2012). Atualmente é enfermeira na Prefeitura Municipal de Pelotas, Técnica Administrativa na Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: ISTs/Aids, drogas, abuso de drogas, profissional de saúde, saúde do trabalhador e saúde mental.

Adrize Rutz Porto, Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil.

Docente na Faculdade (2014 - atual) e no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (2017 - atual) da Universidade Federal de Pelotas. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Experiência profissional na atenção básica, na gestão municipal e em hospital. Editora-chefe (2017 - 2023) e adjunta (2024 - atual) da Journal of Nursing and Health (JONAH). Líder do Núcleo de Estudos em Práticas de Saúde e Enfermagem (NEPEn) (2017 - atual), atuando com os temas: gestão, gerenciamento, trabalho e equipe, em enfermagem e saúde e práticas integrativas e complementares em saúde, lesões cutâneas crônicas e populações vulneráveis e colaboradora do Grupo de Pesquisa Multiprofissional em Atenção Domiciliar (GPMAD) no Hospital Escola, UFPel/EBSERH. Coordenação de comitê gestor de periódicos científicos da UFPel (2023 - atual). Coordenação de trabalhos na Diretoria de Publicações da Editora da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn)-RS (2023 - atual).

Formação acadêmica

Doutorado em Enfermagem (Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2016)
Mestrado em Enfermagem (Universidade Federal de Pelotas, 2011)
Graduação em Enfermagem e Obstetrícia (Universidade Federal de Pelotas, 2009)

Diana Cecagno, Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil.

Enfermeira. Doutora em Enfermagem (PPGENF/FURG-2015). Mestre em Enfermagem (PPGENF/FURG-2003). Especialista em Educação Profissinal na área de saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública -ENSP/RJ (2005). Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela UFPEL/RS (1999). Membro do Grupo de Estudo Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem/Saúde GEES/FURG. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Enfermagem (NEPEN). Professor Associado da Faculdade de Enfermagem da UFPel (2009).Atua na área de saúde coletiva com ênfase nos temas relacionados à Saúde Publica; Educação em saúde e processo de trabalho.

Formação acadêmica

Doutorado em Enfermagem (Universidade Federal do Rio Grande, 2015)
Mestrado em Enfermagem (Universidade Federal do Rio Grande, 2003)
Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica (Universidade Federal de Pelotas, 1999)
Especialização em Educação Profissional na área de Saúde (Escola Nacional de Saúde Pública, 2005)
Graduação em Licenciatura Em Enfermagem (Universidade Federal de Pelotas, 1993)
Graduação em Enfermagem e Obstetrícia (Universidade Federal de Pelotas, 1993

Luciane Prado Kantorski, Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN, Programa de Pós Graduação Enfermagem – PPGEnf. Pelotas, RS, Brasil.

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Santa Maria (1986), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (1994) e doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo -EERP-Ribeirão Preto (1998). Foi Diretora da Faculdade de Enfermagem da UFPel entre setembro de 2006 e dezembro de 2014. Realizou pós-doutorado na Università degli Studi di Torino/UNITO - Itália (Estágio Sênior no exterior com fomento da CAPES) em 2015. Atuou como pesquisadora visitante na UNITO - Itália em 2019. Atualmente é Professora Titular da Universidade Federal de Pelotas. Coordenadora Adjunta dos PPG Acadêmicos na área de Enfermagem na CAPES (2018 - 2022). Bolsista Produtividade em Pesquisa 1C - CNPq.

Formação acadêmica

Doutorado em Enfermagem (Universidade de São Paulo Ribeirão Preto, 1998)
Mestrado em Educação (Universidade Federal de Santa Maria, 1994)
Especialização em Pós Graduação Em Saúde Coletiva (Universidade Federal de Santa Maria, 1990)
Especialização em Pós Graduação Em Saúde Mental Coletiva (Universidade Federal de Santa Maria, 1992)
Graduação em Enfermagem e Obstetrícia (Universidade Federal de Santa Maria, 1986)

Larissa Bierhals, Universidade Federal de Pelota – UFPel, Faculdade de Enfermagem – FAEN. Pelotas, RS, Brasil.

Enfermeira formada pela Universidade Federal de Pelotas, habilitada pelo COREN-RS. Possuo habilidades de comunicação, mediação de conflitos, liderança, proatividade, criatividade e trabalho em equipe.

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Publicado

26-08-2025

Como Citar

1.
Galarça AMS dos S, Porto AR, Cecagno D, Kantorski LP, Bierhals L. Qualidade de vida do enfermeiro da Atenção Primária à Saúde em tempos de pandemia. J Manag Prim Health Care [Internet]. 26º de agosto de 2025 [citado 27º de agosto de 2025];17:e006. Disponível em: https://www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/1390

Edição

Seção

Artigos Originais