TY - JOUR AU - Donateli, Cíntia Pereira AU - Avelar, Patrícia Silva AU - Einloft, Ariadne Barbosa do Nascimento AU - Quesada, Tania Segura AU - Costa, Glauce Dias da AU - Cotta, Rosangela Minardi Mitre PY - 2017/01/05 Y2 - 2024/03/28 TI - Vigilância em Saúde na Zona da Mata Mineira: satisfação profissional em foco JF - JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750 JA - J Manag Prim Health Care VL - 7 IS - 1 SE - Seminários, Simpósios e Mesas Redondas DO - 10.14295/jmphc.v7i1.438 UR - https://www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/438 SP - 107-107 AB - <p>Definida como estado emocional agradável ou positivo, a satisfação no trabalho resulta do alcance de valores compatíveis com as necessidades profissionais. Reconhecendo-se que a atividade laboral repercute tanto na sua saúde física quanto mental e que um dos indicadores de qualidade dos serviços de saúde é o nível de satisfação dos profissionais que neles atuam, o monitoramento destes indicadores pode auxiliar em diagnósticos para subsidiar decisões que atendam às necessidades e possibilidades locais. Identificar a satisfação profissional dos coordenadores municipais das Vigilâncias Ambiental, Epidemiológica e Sanitária de sete municípios polo de saúde da Zona da Mata Mineira. Este estudo avaliativo de abordagem quanti-qualitativa foi realizado nos sete municípios polo de saúde da Zona da Mata mineira (Cataguases, Juiz de Fora, Manhuaçu, Muriaé, Ponte Nova, Viçosa e Ubá) e faz parte da pesquisa intitulada “Avaliação das práticas de prevenção das doenças e promoção da saúde na Zona da Mata Mineira” que visa avaliar as atividades da Vigilância em Saúde local. A coleta de dados ocorreu no segundo bimestre de 2016 e consistiu na aplicação aos coordenadores das Vigilâncias Epidemiológica, Ambiental e Sanitária de um questionário semiestruturado elaborado segundo a tríade Estrutura/Processo/Resultado de Donabedian. Destaca-se que esta etapa da pesquisa possui um recorte para a atuação dos gestores, com ênfase na satisfação profissional, visto que esta é um dos pilares do bom funcionamento dos serviços de saúde, podendo refletir em vários pontos da organização. Respeitando os aspectos éticos e conforme a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, sendo aprovado com parecer nº 1447272. Foram entrevistados 21 profissionais da Secretaria de Saúde dos municípios pesquisados e que atuavam como coordenadores das Vigilâncias ambiental, epidemiológica ou sanitária. Quase a totalidade (95,2%) acredita na função que executa. No que tange à competência específica para exercer o cargo, 57,1% dos coordenadores disseram estar aptos para tal e 76,2% afirmaram não haver distanciamento entre a formação e a atuação na prática. Quanto à satisfação com o desempenho das atividades rotineiras, 90,5% dos entrevistados disseram se sentirem satisfeitos, entretanto, o excesso de responsabilidades (57,1%) e o trabalho burocrático (57,1%) foram citados como condições que interferem no desenvolvimento destas e que acabam levando ao acúmulo de tarefas variadas (90,5%), com destaque para a Vigilância Sanitária na qual todos os entrevistados ressaltaram essa demanda aumentada. Apesar de 76,2% dos informantes relatarem que não recebem salário apropriado para o cargo e que 57,1% não possuem liberdade para apresentar críticas, 71,4% afirmam se</p><p>sentirem valorizados profissionalmente. A análise da satisfação dos coordenadores das vigilâncias permitiu perceber a existência de potencialidades como autovalorização, satisfatória experiência profissional e desempenho adequado favorável à resolubilidade de sua área de atuação. Entretanto, a existência da sobrecarga de trabalho e a remuneração inadequada, podem favorecer fatores de estresse presentes na dinâmica de trabalho e prejudicar o desenvolvimento de novas práticas profissionais que possibilitem a reestruturação do modelo de Vigilância em Saúde. </p> ER -