TY - JOUR AU - Barbosa, Amanda Conrado Silva AU - Marcolin, Graziele Carolina de Almeida AU - Marcolin, Mateus AU - de Souza, Alan Rodrigues PY - 2017/01/05 Y2 - 2024/03/28 TI - Conhecimento das profissionais do sexo acerca da prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (DST/AIDS) realizada pela equipe de Saúde da Família no município de Leopoldina - MG JF - JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750 JA - J Manag Prim Health Care VL - 7 IS - 1 SE - Seminários, Simpósios e Mesas Redondas DO - 10.14295/jmphc.v7i1.342 UR - https://www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/342 SP - 8-8 AB - <p>O trabalhador, independente da função que exerce, tem direitos e deveres que devem ser respeitados e cumpridos. Com os profissionais do sexo não é diferente, uma vez que estes necessitam de cuidado contínuo no que tange ao seu instrumento de trabalho – seu próprio corpo. Logo, o presente estudo justifica-se pela necessidade de diminuir o índice de DST/AIDS que acometem a saúde desta clientela, sendo os mecanismos de educação em saúde, fortes instrumentos no subsídio desse cuidado. Para tanto, é necessário conhecer o perfil da população alvo, assim como seu modo de vida e possíveis práticas de risco, delineando ações e intervenções que podem auxiliar na prevenção e promoção de saúde desta clientela. Diante desse pressuposto, o presente estudo tem por objetivo identificar o conhecimento das profissionais do sexo acerca da prevenção das DST/AIDS realizadas pela Equipe de Saúde da Família no Município de Leopoldina - MG. Trata-se de um estudo original, de porte descritivo, com abordagem quanti-qualitativa, com aplicação de questionário semiestruturado. A amostra foi constituída por treze profissionais do sexo residentes e atuantes no Município de Leopoldina – MG, os quais foram entrevistados após explanado e assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Com vistas aos resultados, percebeu-s que existe um desconhecimento acerca de DST diferenciadas e da própria AIDS. Além disso, apesar da oferta profissional de Enfermeiro nas ESF, ainda é pequena a procura das profissionais do sexo a estes mecanismos de saúde. Observa-se também que há pouca prevenção em saúde por parte das profissionais do sexo, não utilizando preservativos em boa parte das relações sexuais com os clientes. Quanto ao perfil das profissionais do sexo, tem-se que, em sua maioria, estas encontram-se em faixa etária sexualmente ativa, fato que as coloca em situação de vulnerabilidade para adquirirem DST/AIDS, quando realizado o ato sexual sem a devida proteção. Outro aspecto relevante é que, apesar da literatura fazer referência a iniciação sexual das jovens brasileiras precocemente, a maioria das entrevistadas realizaram a primeira relação sexual na faixa etária de 14 aos 18 anos e apenas uma pequena parcela destas se mostraram precoces quanto ao início da atividade sexual. Quanto ao baixo nível de escolaridade, tal item se mostrou agravante, uma vez que a falta de conhecimentos e profissão influenciou na opção da atividade sexual como modo de trabalho. Apesar das dúvidas e incertezas, o discurso da prevenção pareceu estar absorvido por elas, pois valorizavam o uso do preservativo e pareciam estar de acordo com a ideia de que é importante praticar sexo com segurança. De modo geral, reconheciam os riscos, sentiam medo de contrair o HIV e DST, mas o conhecimento sobre as principais doenças se mostrou insuficiente e por muitas vezes equivocado. Já a ESF, em especial o profissional de enfermagem, aparece como meio de apoio para estas mulheres. Logo, conclui-se que necessário a criação de espaços que possibilitem a discussão e reflexão sobre saúde a esta clientela, facilitando a clarificação de crenças e concepções que ainda fazem parte do imaginário social desse segmento sobre as DST/AIDS.</p> ER -